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Um ano de "Em tudo vejo natureza"

Atualizado: 9 de jun. de 2021


Extrema, sul de Minas. Foto: H.Pardini, 2019.
Extrema, sul de Minas. Foto: H.Pardini, 2019.

No último 5 de junho, dia mundial do meio ambiente, a página completou um ano!


Confesso que, sendo administrada por esta humana que vos fala, oscilamos (eu e a página) entre a mais genuína esperança e a total descrença de que vale a pena continuar insistindo em discussões que nos façam repensar as nossas relações com aquilo que convencionamos chamar de natureza.


Foi um ano de inúmeras descobertas para mim: recobrei o prazer de discutir assuntos que me tocam sem o compromisso radical com os cânones acadêmicos (ainda que esteja sempre engajada em minha responsabilidade profissional); conheci inúmeras páginas e pessoas com quem aprendi muito nesta rede; me diverti como uma criança no parque ao ter uma ideia nova e idealizar sua publicização, desde a seleção das imagens até a escolha da narrativa mais adequada; aprendi novos conceitos, principalmente originários das ciências da natureza; alcancei pessoas de áreas que jamais imaginei alcançar, participei de lives e vi a história ambiental sendo reconhecida.


Porém, ao mesmo tempo em que a página crescia, cresciam também as agressões à natureza brasileira e àqueles que não vivem de sua exploração intensiva e não a enxergam unicamente como bem consumível e explorável. Refiro-me especialmente aos povos indígenas que vêm sendo insistentemente ameaçados pelo governo atual: olhemos para o norte!


Junto a isso, também vimos centenas de milhares de vidas de brasileiros e brasileiras perecerem diante de uma pandemia que assola o mundo e atinge com mais força o Brasil (e sabemos que isto tem culpados). Uma pandemia que tem hoje como uma de suas principais hipóteses de origem a passagem do vírus de animais que vivem em ambientes silvestres para os seres humanos, muito provavelmente pela pressão que a humanidade tem feito a esses espaços. Aspecto que tem sido pouco ou quase nada mencionado nas mídias e até mesmo nas publicações especializadas. Para variar, nós, humanos, queremos nos livrar do “problema” ignorando que somos parte dele.

Mas, a vida é isso: contradição, movimento, tristeza, alegria, e esta página não poderia expressar outra coisa, senão a própria vida, suas contradições, seus altos e baixos. Portanto, continuemos!

Aproveito para agradecer a quem vem me acompanhando aqui, sem vocês nada disso faria sentido. MUITO OBRIGADA!!!


 

Como citar este texto:


CAPANEMA, Carolina M. Um ano de "Em tudo vejo natureza". Viçosa. 2021. Disponível em: https://emtudovejonatureza.wixsite.com/inicio/post/um-ano-de-em-tudo-vejo-natureza. Acesso em: [Data de acesso].







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