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Leituras

EM TUDO VEJO NATUREZA

Referências bibliográficas não são universais

Por isso, o que você verá aqui tem relação com a minha história. Mas quem sabe ela não possa ajudá-la/o a construir a sua?

Cada um de nós constrói suas referências a partir de vivências individuais e coletivas. E o mais bonito disso tudo é descobrir, por meio dos livros, mundos que antes não conhecíamos.

Topa se aventurar comigo?

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Referências pessoais

Aqui estão algumas publicações que foram, e ainda são, importantes na minha formação em história ambiental. Os títulos podem ajudar a quem deseja iniciar pesquisas na área ou apenas tenha interesse neste campo.

Alguns referem-se aos temas e marcos temporais sobre os quais realizei pesquisas. Outros são livros introdutórios sobre as interações entre sociedades e o meio biofísico ao longo do tempo. Um deles apresenta uma perspectiva não ocidental sobre essas relações: “A queda do céu”, que consiste nas "palavras dadas" de Davi Kopenawa sobre sua vida e seu povo, os yanomami. 

 

 

 

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História ambiental: 
natureza, sociedade, fronteira – volume 3

Foi publicado o último volume da série “História Ambiental: natureza, sociedade, fronteira”, organizado por José Augusto Drummond, José Luiz de Andrade Franco, Sandro Dutra e Silva, Vívian Braz.

 

Tive a honra de participar, junto a tantas e tantos colegas que admiro, com um capítulo sobre “a ideia de natureza nos escritos setecentistas das Minas Gerais”. A variedade de temas tratados mostra como a história ambiental vem se firmando como um importante campo do conhecimento histórico.

DRUMMOND, J.A.; FRANCO,  J.L de A.; DUTRA e SILVA, S; BRAZ, V. da.S. "História Ambiental: natureza, sociedade, fronteira. vol.3. Rio de Janeiro: Garamond, 2020.

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Ailton Krenak

“A vida é tão maravilhosa que a nossa mente tenta dar uma utilidade a ela, mas isso é uma besteira. A vida é fruição, é uma dança cósmica, e a gente quer reduzi-la a uma coreografia ridícula e utilitária. Uma biografia: alguém nasceu, fez isso, fez aquilo, cresceu, fundou uma cidade, inventou o fordismo, fez a revolução, fez um foguete, foi para o espaço; tudo isso é uma historinha ridícula. Por que insistimos em transformar a vida em uma coisa útil? Nós temos que ter coragem de ser radicalmente vivos, e não ficar barganhando a sobrevivência. Se continuarmos comendo o planeta, vamos todos sobreviver por só mais um dia.”

KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Cia das Letras, 2020.

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Diante de Gaia

Em “Diante de Gaia: oito conferências sobre o Antropoceno”, o antropólogo Bruno Latour, além de trazer uma contribuição essencial para a discussão sobre a indissociabilidade dos conceitos cultura/natureza e todas as implicações que esta dicotomia acarreta, oferece um excelente panorama das discussões sobre aquecimento global, teoria de Gaia, Antropoceno e tantos outros temas e conceitos em pauta na atualidade.

Um dos pontos fortes é quando ele destrincha, na primeira conferência (como o livro é fruto de oito conferências ministradas pelo autor, os capítulos são divididos em conferências), a história dos estudos climáticos realizados nas últimas décadas, que apontam as causas antropogênicas das mudanças do clima, e o que ele chama de as pseudocontrovérsias sobre o tema.

 

Além disso, Latour aborda tudo sob uma perspectiva histórica, fazendo com que o leitor viaje com ele no processo de construção dessas teorias, compreendendo as polêmicas (ou falsas polêmicas) envoltas em cada conceito e suas implicações para a vida na Terra.

 

O livro dialoga muito bem com as propostas teóricas que tem se esforçado para tirar o foco excessivamente humanista das ciências humanas e foi escrito em uma linguagem fluida e simples  (sem ser simplista), permitindo o acesso a um público amplo.

 

Há tempos não leio um livro sobre ciência, que aborda questões que são muitas vezes complexas, com tanto prazer.

LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: oito conferências sobre o Antropoceno. SP/RJ: Ubu Editora/Ateliê de Humanidades Editorial, 2020.

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