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Melastomataceae, amor e altitude

Atualizado: 10 de fev. de 2021


Lavoisiera sp., da família Melastomataceae. Foto: Herbert Pardini, 2015.
Lavoisiera sp., da família Melastomataceae.

Melastomataceae é uma família botânica floristicamente abundante e diversificada em toda a América do Sul. Ela aparece em variadas cotas de altitude, mas é muito comum nos campos rupestres brasileiros, que ocorrem em altitudes superiores a 900 m.


Descobri esta característica por observação nas minhas caminhadas pela cadeia do Espinhaço. A natureza não falha! As pernas começam a cansar, elas aparecem esplêndidas para te dar as boas vindas e confirmar que vale a pena a caminhada.


Melastomataceae no Pico Dois Irmãos, Parque Estadual do Rio Preto, MG. Foto: H. Pardini, 2015.
Melastomataceae no Pico Dois Irmãos, Parque Estadual do Rio Preto, MG. Foto: H. Pardini, 2015.

Estas foto foram tiradas no primeiro pico que alcancei na vida, o Pico Dois Irmãos. Uma subida histórica pra mim, numa caminhada de dois dias que me apresentou lindas paisagens e uma sensação de que nós, humanos, somos mesmo apenas um ponto e mais uma espécie neste planeta tão rico.


Pico Dois Irmãos, Parque Estadual do Rio Preto, MG. Foto: H. Pardini, 2015.
Pico Dois Irmãos, Parque Estadual do Rio Preto, MG. Foto: H. Pardini, 2015.

Chorei copiosamente quando cheguei lá em cima. Nao sei se de emoção por ter conseguido completar o trajeto, de amor pelo meu namorado que tinha me levado até lá, ou por me sentir tão pequena diante daquilo tudo. Acho que foi por causa dos três.


 

Dedico este texto ao meu Vaqueano, "aquele que, conhecendo bem os caminhos e atalhos de um lugar ou região, serve de guia a quem precisa percorrê-lo".

 

Referências bibliográficas sobre as Melastomataceae e os campos rupestres:


CHIAVEGATTO, B.; BAUMGRATZ, J.F.A. A família melastomataceae nas formações campestres do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo, 25 (2), 2007.


DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA. IB-USP. Campos Rupestres das Serras Brasileiras. Disponível em: http://ecologia.ib.usp.br/index.php/8-noticias/8-campos. Acesso em: 03/02/2021.


GOLDENBER, R. et al. Taxonomia de Melastomataceae no Brasil: retrospectiva, perspectivas e chave de identificação para os gêneros. Rodriguésia 63(1): 145-161. 2012.


GONÇALVES, Kelly Cristina da Silva. Efeito do Gradiente Altitudinal na Estrutura e Riqueza de Melastomataceae em um Trecho de Floresta Atlântica do Sudeste do Brasil. Tese (Doutorado em Ciências). Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Seropédica, RJ, 2016.


NUNES, Y.R.F.; LANDAU, E.C.; VELOSO, M.D.M. Diversidade de Melastomataceae em diferentes altitudes de campos rupestres na Serra do Cipó, MG. UNIMONTES CIENTÍFICA. Montes Claros, v.10, n.1/2 – jan./dez. 2008.


VASCONCELOS, Marcelo Ferreira de. O que são campos rupestres e campos de altitude nos topos de montanha do leste do Brasil? Rev. bras. Bot. vol.34, no.2. São Paulo, Apr./June 2011.

 

Como citar este texto:


CAPANEMA, Carolina M. Melastomataceae, amor e altitude . Viçosa. 2020. Disponível em: https://emtudovejonatureza.wixsite.com/inicio/post/melastomataceae-amor-e-altitude . Acesso em: [Data de acesso].



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