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Árvores e Memória


Sumaúma (ou Samaúma) da Floresta Nacional do Tapajós. Pará, out. 2022. Foto: Carolina Capanema
Sumaúma (ou Samaúma) da Floresta Nacional do Tapajós. Pará, out. 2022. Foto: Carolina Capanema

Se planta não tem memória curta, como disse o biólogo italiano Stefano Mancuso, imagine uma árvore com mais de 500 anos? Por quantas experiências passou e acumulou, criando soluções adaptativas para se manter viva?


E isso não é uma anedota ou frase de efeito. Estudos vinculados à neurobiologia vegetal identificaram que seres vegetais aprendem pela experiência, a memorizam e criam soluções adaptativas. A inteligência não se restringe, ao contrário do que aprendemos desde a mais tenra idade, a um único órgão (como o cérebro), ela é inerente à vida.

As plantas sempre foram subestimadas nesse sentido, pois sempre foram associadas à passividade, em contraposição à atividade típica dos animais. Mas Mancuso afirma: “o cérebro é um “acidente” que evoluiu apenas em um pequeno número de seres vivos, os animais, enquanto na maior parte dos seres vivos - representada por organismos vegetais - a inteligência se desenvolveu mesmo sem um órgão dedicado a ela”.

Floresta Nacional do Tapajós. Pará, out. 2022. Foto: Carolina Capanema
Floresta Nacional do Tapajós. Pará, out. 2022. Foto: Carolina Capanema


Essa inversão causa um choque à nossa humanidade, tão autocentrada. Você já tinha pensado nisso? Que nós, animais, somos minoria e que as plantas também têm inteligência?

 

Referências Bibliográficas:


MANCUSO, Stefano. Revolução das plantas: um novo modelo para o futuro. São Paulo: Ubu Editora, 2019.

 

Leitura Complementar:


WOHLLEBEN, Peter. A vida secreta das árvores. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.

 

Como citar este texto: CAPANEMA, Carolina M. Árvores e Memória. Viçosa. 2023. Disponível em: https://emtudovejonatureza.wixsite.com/inicio/post/arvores-e-memoria. Acesso em: [Data de acesso].










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